Beijo de cobra
Tuas presas solenóglifas
Aspergem ofídico veneno.
Buscam inocular-me dores
Ao suspiro, ao repente.
Mas a contrapeçonha
Está em não receber teu beijo
Teu ardente, sedutor...
Teu assassino ósculo quente.
Pois se não me engoles,
Por clemente,
Me envenenas
Porque és serpente.