ECOS NA TRAVESSIA
E você achando a vida feia
Adivinha a cor repetida da tarde que agoniza
Por trás da janela fechada
A lágrima oculta
Procura no íntimo aquela chave-palavra que abra o coração ao que fere
Ao que dói de graça e sem
Campo de força
Pra proteger
Uma taça na mente é mais do que suficiente
Você pensa e transborda
Atrapalhada
A frase mal acabada entre gerúndios que deliram e crases atrasadas
Será o clima?
Da sacada a cidade parece inerte e inquieta
Longe e incerta porque a conhece
Mas era em nome da fraqueza que orava
E bebia ávida a gota de espera no fundo do copo
Como quem edita a próxima cena
Acreditando
E esquece...