Somos a força
Somos a força que não se vê
Mas que se sente.
Laços que se encontram
Nas estradas da consagração.
Somos o poema não escrito,
Mas que surge
Das linhas da reivindicação
Como as vozes da tempestade
Que percorre nossas batalhas.
Somos os olhos do vendaval
Que se abraçam nas curvas
De nossos desejos.
Por entre a luta
E a manifestação.
Luzes que passeiam
Na escuridão de nossos medos.
Somos o antes
E o depois.
Força que ataca
E se aquieta,
Nas chamas que incendeiam
Nossos sentidos...
Por entre as lembranças
De vários lugares
De nossa passagem.
Por aqui e por ali.
Somos memória e intenção
Força que faz acontecer,
E que se constrói no instante
Em que se apresenta
Como presença visível...
Ao que nos permitimos
Sentir dentro de nós.