LUZES APAGADAS

Dias, que nem o vento tem sopro

Nem as folhas balançam

Nem os sorrisos se lançam

E até o sol se esconde!

Ah, dias de amargo gosto!

Dias em que "brasas" se "acendem",

Em que as horas tendem

À lentidão!

Entre mutidões, também há solidão!

Onde o som das vozes, abate o coração,

E o silêncio talvez seja solução,

No céu, os pássaros, parecem em fuga,

E no espelho reflete a ruga

Que "brada": nada vai bem!

Porque no teu "trilho" não há "trem"!

E quando, enfim, o sol se põe,

A noite expõe

A falta de luz

Que n'aguma alma não reluz.

Oh, dia triste!

Que insiste

Em não ter fim!

Pior assim:

Enquanto o sim

Ecoa o não!

Ênio Azevedo

Luciênio Lindoso
Enviado por Luciênio Lindoso em 08/09/2021
Código do texto: T7338197
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