O par de lentes molhadas

O olhar do poeta, perdido no vazio,

Sob as lentes dos óculos

Tenta alcançar a retina do indizível.

Nuvens densas, de cor cinza cobrem

Este par de olhos sob as lentes,

Embaçadas pela umidade das gotas

Que lhe escorrem pelas faces.

Um vendaval de contraversos veio

Desarrumar os sentimentos do poeta,

Lentamente...

O par de lentes molhadas

Nada mais são, agora, que janelas

Da alma triste

Daquele que quer tão somente

Ser feliz...

Maurício Apolinário
Enviado por Maurício Apolinário em 12/11/2007
Reeditado em 04/01/2016
Código do texto: T733772
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2007. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.