O MENINO QUE SEMEAVA POEMAS...

(Homenagem ao Poeta Gentileza)

Andava descalço pelas ruas, sempre pensando e olhando pro céu...

Vivia no mundo dos sonhos e assim conseguia passar o dia.

Não reclamava da falta de calçados, nem mesmo da fome...

Se alimentava dos próprios pensamentos...

O menino semeava o que via e o que via escrevia no chão, nas calçadas...

Já mais crescido passou a escrever pelos muros e pilares dos viadutos.

Viu que as palavras brotavam e floresciam. Quanto mais às escrevia, mais elas vinham na sua mente...

A alegria por escrevê-las não lhe permitia sofrer, apenas sorria e semeava...

...Semeava poemas... Por toda a cidade eles brotavam e cresciam nascidos das suas mãos...

Seus frutos vinham das leituras que brotavam das janelas dos ônibus, dos carros que paravam nas sinaleiras... Das pessoas que passavam caminhando, que se abrigavam e adormeciam com eles...

O Menino semeou tantos poemas que quando deixou de ser menino, passou a ser conhecido como Profeta...

Sua gentileza transformou vidas, virou musica e até hoje é a mais pura poesia que o ser humano pode emprestar àquilo que faz com todo amor que carrega em si...

Se o ódio gera o ódio, “Gentileza” é a prova de que ela não gera apenas gentileza...

Gera humanidade... A mais pura das Poesias...

Ernesto Braga
Enviado por Ernesto Braga em 07/09/2021
Reeditado em 07/09/2021
Código do texto: T7337402
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