Vejo um tempo ameno que deixa
A alma livre para pensar
Na mensagem rígida do anoitecer
Que transfere na treva o alarme
Do clamor de um sonho inédito
Que transfere na treva o alarme
Num olhar de um vôo sem lógica
Que atinge um desenho admirável
Transçado pelo desejo maior
Que repele a sombra do tempo
No gozo sagrado da pele
Que reconhece a fortaleza
Da chuva atirada ao vento
Que num arquivo íntimo e generoso
Forma um pulsar fugaz
Pela imagem bela que desliza
No prazer que faz o encanto
Da alma que transcende
E segue no vento que perpassa...