Ela me dizia
que se eu quisesse
realmente, ser…
Um “Escritor Profissional”
Que eu deveria tirar
sistematicamente, algumas horas
do dia para escrever.
E que isso não poderia estar
vinculado à inspirações…
a vida não podia –
e não pode realmente –
me presentear com diversas
diárias, e constantes…
epifanias e grandes visões
de fatos gigantes… Não.
Então eu passei a fazer isso
e fiz por quase quatro anos
e tudo que consegui produzir
foi um “criativissimo” conto
de terror sobre Lobisomens…
e também: três ridículas estrofes
sobre uma estátua na orla
de Salvador.
Mas ela tinha
razão no que dizia.
Só que a Lição Final
que nos faltava nesta:
“Escola de Vida e Escrita”
era que eu precisava me ver
livre dela… Também.
Precisava
que ela faltasse…
precisava…
que ela
desaparecesse.