ENSAIO SOBRE OS SILÊNCIOS...
E naquele dia o sol não nasceu... Tudo era escuridão...
A lua também não apareceu, apenas o breu, desde o chão...
Nada se via parecendo nem existir. O silêncio permanecia... Nada a se ouvir...
A cegueira, adormecida, dominava... Todos dormiam ninguém acordava...
Assim foi o dia, foi a noite, seguiram-se os dias, as semanas e os anos...
Todos em estado de dormência permanente...
Nada se movia, como se todos tivessem virado pedras ou se as lavas invisíveis do Vesúvio tivessem atingido o mundo...
Diferente dos contos das belas adormecidas, não apareceu nenhum príncipe para acordar a bela... Nem um dragão para continuar a atacando, apenas o silêncio do nada e da escuridão...
Nada de livros, nem leitores. Um conto sem escrita... Sem meio e sem final.
Quem sabe uma “Armageddon” sem dores ou apenas uma mudança numa história que começou mal escrita? Sabe-se lá por quem...
Eu não fui...