A OLHUDA
Embora eu morra a cada dia, eu não vivo à morte!
Vivo a sorte, de sorrir pra morte, enquanto vivo.
Há mais de cinquenta anos me apercebo d’ela,
Mas não dou pr’ela, um minuto sequer!
E se ela quiser que espere o dia!
Não vivo de medo, mas de alegria!
E, se duvidar, até à fantasia,
De nunca morrer!
A “olhuda” me ronda,
Ela me sonda,
Mas na sua “onda”
Eu não vou...
Quanto mais eu vivo,
Mais ela chora,
Porque se apavora,
Sem me consumir.
Não tenho medo da morte!
Porque tenho a sorte,
De ter o meu “norte”,
Que é viver!
Ênio Azevedo
Embora eu morra a cada dia, eu não vivo à morte!
Vivo a sorte, de sorrir pra morte, enquanto vivo.
Há mais de cinquenta anos me apercebo d’ela,
Mas não dou pr’ela, um minuto sequer!
E se ela quiser que espere o dia!
Não vivo de medo, mas de alegria!
E, se duvidar, até à fantasia,
De nunca morrer!
A “olhuda” me ronda,
Ela me sonda,
Mas na sua “onda”
Eu não vou...
Quanto mais eu vivo,
Mais ela chora,
Porque se apavora,
Sem me consumir.
Não tenho medo da morte!
Porque tenho a sorte,
De ter o meu “norte”,
Que é viver!
Ênio Azevedo