ADOLESCENTE
Eis-me a vislumbrar exuberante encanto...
Linhas perfeitas do corpo ainda imaculado,
Tentáculo que se exibe febril de lado a lado,
Provocando suntuosas interjeições de espanto.
Templo da natureza biológica de verdes anos
Que flutua intocável dentre cobiçosas tentações,
É relíquia inafiançável de postergados corações
Que respiram da suavidade de fustigados planos.
Beleza inaudita que a puberdade traz do cenho
E tempera, ao longo do tempo, faustoso engenho
Que transcende no espaço e deixa o olhar mudo...
Eis-me a contemplar da inocência divina, sagrada...
Banquete que faz remoer sensações e não há nada
Comparado ao magistral espelho do corpo desnudo!
DE Ivan de Oliveira Melo