Imensidão

O debruçar da noite é como consolo para meu corpo cansado

O afago da minha cama é como um agradável abraço apertado

Nostalgia que replica meus pensamentos

Pensamentos...

Que entulham o hiato do momento

Sono onde estás?

O consolo do corpo cansado torna-se tormento;

O afago da cama agradável torna-se sofrimento;

Esperar-te-ei sono, ainda que sonolento;

A esperança da espera do esperar do sono

Nem tudo está perdido...

Rajadas de vento bailam por sobre o velho telhado;

A  fresquidão da noite invade o quarto como a lua cheia no resplandecer da imensidão

Sono onde estás?

Parece que está cada vez mais próximo;

 Os primeiros pingos de chuva caem no telhado

Ainda acordado quando começo a contar

Cada pingo caído, cada pingo ouvido

 Até  dentro do quarto, cada pingo sentido

Percebi que viver a vida é preciso.

Eduardo Modesto
Enviado por Eduardo Modesto em 02/09/2021
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