Imensidão
O debruçar da noite é como consolo para meu corpo cansado
O afago da minha cama é como um agradável abraço apertado
Nostalgia que replica meus pensamentos
Pensamentos...
Que entulham o hiato do momento
Sono onde estás?
O consolo do corpo cansado torna-se tormento;
O afago da cama agradável torna-se sofrimento;
Esperar-te-ei sono, ainda que sonolento;
A esperança da espera do esperar do sono
Nem tudo está perdido...
Rajadas de vento bailam por sobre o velho telhado;
A fresquidão da noite invade o quarto como a lua cheia no resplandecer da imensidão
Sono onde estás?
Parece que está cada vez mais próximo;
Os primeiros pingos de chuva caem no telhado
Ainda acordado quando começo a contar
Cada pingo caído, cada pingo ouvido
Até dentro do quarto, cada pingo sentido
Percebi que viver a vida é preciso.