Cidade Museu.
CIDADE MUSEU
Percorrendo as ruas tenho a sensação que caminho entre o tempo.
Entre palácios e igrejas sinto que recuei no tempo.
Espero pela passagem de carruagens ricamente engalanadas,
Escuto o galopar dos cavalos de Cavaleiros que se acercam.
Algures parece ecoar um pregão transmitindo as boas novas.
Dos palácios espero a saída de damas antigas e orgulhosos nobres.
Junto ao Palácio da Inquisição, gritos antigos de socorro soam,
Almas torturadas por um clero preconceituoso e manipulador,
Vítimas que ardem nas fogueiras da ignorância e perfídia.
Tempos de glória e beleza manchados por crimes inconfessáveis,
Vidas passadas que se misturam com o presente,
Um presente que é nosso nesta cidade que é do mundo.
Cidade tranquila que nos premeia com beleza e história.
Cidade tranquila que nos envolve num abraço apertado,
Nos aquece a alma e, nos banha em cultura e tranquilidade.
Évora, minha amada cidade, que partilho com toda a humanidade.
Tesouro incalculável guardado entre muralhas,
Cuidado com o carinho dos seus moradores.
Em cada canto o moderno é engalanado pelo passado,
Num equilíbrio encantador envolto em magia.
Évora onde os tempos parecem cruzar-se
Na doce magia da soma dos dias.