amarelinha e a vida
como se o espaço dobrasse
como se teu rosto numa
tigela de azeite gritasse
as folhagens de uma floresta.
sou homem e o sei pedra dura
e a seiva que desce das frutas
mais elegantes, ainda salto
sobre os traçados de giz
e a amarelinha ainda esta grudada nos meus
pés, salto de um pé, agora
com os dois, vou até o céu e volto
e a casca de banana grudada
na calçada dizendo onde
não pisar, vejo ela rindo
um riso que nunca terminou,
sua saia que voava na sua
vez de jogar, sua coxas
que eram de carne, mas
lembrava o arame que nos
prende a certos lugares, nunca
saberei o que te fez o tempo,
se ainda respira ou se fez
estrela na estrada que todos
nalgum momento paramos de
nos mover. Com apenas oito
anos, que orgulho, sem
treinamento já sabia amar,
só não sabia que todo amor
tem mais asas do que pernas.