BILABIAL;O POEMA.
E na minha frenética fonética,
Por onde misturam-se as artes,
Escrita, falada, sentida, pintada...
Bucal/bilabial,
Em tragédia ou comédia,
Feito óleo sobre tela
Por onde em devaneio,
O teu beijo beija o meu,
Libidinosos lábios
Entre bocas, escorregam.
Articulo em oclusão
Na ofegante respiração
A doçura dessas letras.
Que em sons labiais...
"Superiores...inferiores"...
Explodem em prazer.
Nas consoantes atrevidas,
Consonantes ao desejo
Do meu corpo sob o teu,
Encontro em suspiros,
Minha boca junto a tua.
Que baixinho, balbucia:
"À tela, volta o beijo".
Ah...Meu Perdido Poema!
Trêmulos lábios
Murmuram...
Boa sorte,
Adeus.
Elenice Bastos.