PAPINHA
Nem anzol, nem rede.
Peixe tubarão ele próprio, seu apelido nem pensa numa boa culinária,
Para ele nem molho, nem azeite, azeitona nem pensar,
logo de manhã em sua casa, a esposa prepara.
Em seu pratinho inseparável dado por Genilton vugo franguinho, a sua papinha.
Algo que ele guarda com muito carinho
Primeiro ele depois sua filhinha
Acorda com a barriga vazia
Logo esposa chama, seus olhos brilham.
Peixe vem come a sua papinha
Vem reforça suas energias
Para aguentar mais um dia naquela firma
Ele vem do quarto de pijama saltitando com os olhos remelados cantarolando cremo, cremo, cremogema é a coisa mais gostosa deste mundo.
Eu esqueço minha boneca, esqueço meu carrinho.
Sua filha na cozinha reclama que é isto pai minha boneca.
Filha nem olha você quer minha papinha, ela é só minha
Come uma maça vai beber seu leitinho.
Toma cem reais vai compra uns docinhos
Pois esta é minha papinha
Sua esposa olha até assustada
Por ser um mão de vaca
Depois de descansar no sofá
Sua roupa seu uniforme
Bicicleta a montar
Bate no peito sou homem guerreiro
Caminho da firma vou pegar
Beijo na esposa e na filhinha
Na bolsa papinha
Em seu celular
Sua Canção preferida
Cremo, cremogema é a coisa mais gostosa deste mundo.
Ele sai cantando, cantarolando como se fosse um doido pela rua.
Mais a barriga cheia por ter comido sua papinha.
PAULO PEREIRA