MINHAS MÃOS

Minhas mãos são como os rios

Que desaguam múltiplas palavras

Inda o vento soprando arredio

As fazendo irem machucadas.

Calejadas são elas sem destino

Quando o verso na rima não casa

E assim se fecham até que o grito

Seja solto firme pelas matas.

Elas felizes, falam dançando

Sobre o papel, girando...girando...

Como duas crianças malcriadas.

E tristes, choram e estremecem

Ao leitor rogando uma prece

Transportando artes literárias.

- Francielly Fernandes

- 26/08/2021

Francielly Fernandes
Enviado por Francielly Fernandes em 26/08/2021
Código do texto: T7329098
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