Poesia, onde está?
A poesia sumiu, não me visita mais
Talvez eu perdi a graça, fui um falso poeta
Escrevi somente bobagens? Outros motivos?
Quais?
Finjo, pois essa ausência me afeta.
Agora que não faço mais nada, que parei
Vou viver de outro modo, outra diversão
Vou calejar estradas, novas rotas seguirei
Deitarei nos braços da viola, velha paixão.
Não, nada será fácil, será dureza
Vou quebrar-me em tropeços talvez
Jogar jogos duvidosos, cartas na mesa
Essa é minha essência que a vida fez.
Não, não te enganes comigo
Pode ser que nunca te pertença a razão
Sou duro porque preciso, mas sou amigo
Meu abraço é de aconchego, de coração.
O que me reserva a vida? Dor? Alegria?
Sabe-se lá que planos me tem o Criador
Minha natureza não é de vida vazia
Vou nos caminhos como sempre fiz
Que seja ou que não seja no amor
Cada passo que dou é no rumo de ser feliz.