O POETA E O EU LÍRICO

O eu lírico pode tudo! Pode ser o que quiser:
Pode sofrer sem dor ou sorrir sem vontade,
Pode encher-se de vaidade,
Sem sequer conhecer o poeta.

Embora sempre confundidos,
Eu lírico e poeta têm seus elos, perdidos,
Quando alguém troca-os de lugar,
Mas os dois só irão se autoplugar
Quando assim o poeta determinar.

O eu lírico, morre afogado, apaixonado pelo mar.
O poeta, encanta o mar, mas não morre, jamais!

O poeta "pinta" o eu lírico com suas cores,
E o eu lírico pode viver de muitos amores;
Enquanto a poesia nasce.

Os dois são distintos,
Mas não se separam,
Pois, sem o poeta,
O eu lírico não nasce.

Ênio Azevedo
INTERAÇÃO
POESIA E SONETO
Solano Brum (A quem agradeço)

Poesia? Escrevo quando ronda a inspiração!
Sem caneta e sem papel, ligo o gravador
E vou revelando o mistério para a gravação
Sem usar de falsos artifícios, para compor!

É escravo o pobrezinho quando a alma dita...
Depois, ao completar a obra, - fato concreto,
Passo para o computador que possibilita
A visão do mágico texto nas letras do alfabeto!

Isso é Poesia! Nessa força magnética exterior
Que os Poetas a chamam de "Musa do Amor",
As vogais e consoantes, fazem um belo par!

Já o Clássico Soneto... Ah! Exige metrificação,
Máxima cautela em pesquisas à construção,
Para consagrar e elevar o Poeta ao Patamar!
Luciênio Lindoso
Enviado por Luciênio Lindoso em 21/08/2021
Reeditado em 23/08/2021
Código do texto: T7325730
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