UM BRINDE À LUA
A lua arteirinha e solitária
Chamou-me em oi bem rapidinho
Como se quisesse dizer
De suas andanças impedidas.
Avisou-me que ainda passeia
Embora as nuvens a atrapalhem,
Deixou sua imagem esguia e bela
E subiu ao pedestal só seu.
Trouxe a poesia já abandonada
Ergui-lhe um brinde na janela
É o suficiente a sua presença
Mesmo distante, o verso é dela.
Dalva Molina Mansano
20.08 .21