A regência e o verbo
A REGÊNCIA E O VERBO
UMA REGÊNCIA
EM SUA INOCÊNCIA,
UM DIA, SE APAIXONOU
POR UM SUJEITO
INDETERMINADO,
SEM PREDICADOS,
SEU PROFESSOR.
SEM CONCORDÂNCIA,
ROUBOU-LHE A INFÂNCIA
E AINDA ACHOU NATURAL.
O INFINITIVO
DO AMOR PASSIVO,
SUA VIDA ERA PLURAL.
E A REGÊNCIA,
COM IMPACIÊNCIA
E DOR SOBRECOMUM,
MUDOU O CONCEITO
E DISSE AO SUJEITO:
NUNCA SEREMOS UM.
MAS,
O VERBO ABUNDANTE
TÃO CATIVANTE
EM SUA CONJUGAÇÃO,
VIU A REGÊNCIA
E A SUA APARÊNCIA
TOCOU-LHE A FLEXÃO.
A VOZ PASSIVA
REFLEXIVA,
POR PROBLEMAS PESSOAIS,
INDEFINIDA
E TÃO COMOVIDA,
VIU-SE EM FORMAS VERBAIS.
COM O ADJETIVO
DO VERBO ATIVO,
POR JUSTAPOSIÇÃO,
PARASSINTÉTICA,
AINDA CÉTICA,
ABRIU-LHE O CORAÇÃO.
EM LINGUAGEM FÁTICA,
MEIO POÉTICA
E REFERENCIAL,
NASCEU UM FILHO
EM ESTRIBILHO:
O COMPLEMENTO NOMINAL.
O VERBO ABUNDANTE
E A REGÊNCIA AMANTE
EM AMOR GRAMATICAL,
PAZ ADITIVA E CONCLUSIVA
EM GÊNERO, NÚMERO E GRAU.
MARILIA ABDUANI