REFORMAS
Todas as manhãs
A vida se abre
Num exercício doloroso de sobrevivência
No ônibus
Pedintes e vendedores
Nos deixam com a sensação
De que somos privilegiados
Mas, com a esperança desinventada
Diante de tantas reformas
Derretendo nossos direitos
Estilhaçando nossos sonhos
Talvez os privilegiados sejam eles
E nós somos aqueles
Que estamos sem forças
Para afastar os estilhaços do caminho