...
E perece gradativamente
De funestos sons à mudez mórbida
Da intransigência rotineira
A sórdida imobilidade sepulcral
Os ruídos ululavam
Tendões retorcidos, músculos rígidos
Pulsões de dor e agonia
E o suspiro cadavérico
Suplicante por mais um momento
Sendo dragado aos infernos
Em seu círculo mais bestial
Dante ao longe registra tal queda
Mil blasfêmias e acusações
Ante as lancinantes dores sofridas
Angústias, gritos e sortilégios
Ribombam no ar infernal
E o corpo já pútrido
Retorna às cinzas de tua origem
E a alma que o animava
Encarna como mais um demônio.
Eduardo Benetti