Silêncio
Há um sofrimento no silêncio
Um sofrimento doloroso
Um ai não dito, subentendido!
Há um desejo obscuro, incurável
Inquietador da alma
Que bate levemente
E de leve toma a mente
Como o furto que não se vê, só se dá a falta!
Há um grito escondido, no silêncio
Um cálice derramando embriaguez
Um agora vestido de depois
Que angustia a alma e perturba a paz
No silêncio, há o remédio que não se encontra na gritaria
E o veneno que tem a chave da nostalgia