O Presente
O momento passa e não volta
Em muitas vezes o dinheiro falta
Em outras ele não faz diferença
Mas a vida sempre tem compras
E os presentes sempre dão vida.
A hora é quem mede o dia
A volta do ponteiro esquece o segundo
Na vida o que passa nem sempre fica
No coração o que marca é o laço de fita.
O relógio sempre grita pela noite que se finda
E os ponteiros sempre acusam o dia que irradia
Mas a vida sempre acusa as marcas do sustento
Em cada moeda que se perde o sonho desfalece
O momento se esfarela sem retorno .
O cansaço das turbulências sucumbe
Os ombros arcados sem esteio lutam
Em partes tudo anda em sorrisos
Em partes tudo corre em lágrimas
O desalento se veste em otimismo
A esperança é só um impulso revigorado
O dinheiro não passa de papel esticado
Desenhado no negrume das batalhas.