Laço reatado
Desperto novamente
Nestas negras horas mortas,
Sob o abraço desta chuvosa noite
A sentir na alma, doce alento,
O laço reatado de uma ótima amizade
Que, abençoado presente, guardo
Sempre comigo aonde quer que
Minhas asas me levem.
Me sinto de novo vivo,
Voando alto de novo,
Liberto dos grilhões dos sonhos
Que me prendiam, adormecido,
No meu etéreo leito de notas
Dormidas de me acariciar a face,
Me afogando a alma na suavidade
Do eterno "sono" em que, solitário,
Meu corpo, alquebrado, jazia,
Jogado ao relento no meu lado
Desse nosso laço amigo, outrora
Afrouxado, agora tão docemente reatado.