LÁ NÃO TEM MAIS NINGUÉM
Passei por aqueles campos.
E nadei naquela piscina.
Sentei naquela bancada.
Imaginei uma namorada.
Ouvi canções e modinhas
Encolhi Sentindo o frio.
Corri onde o ar era puro.
Morri de medo do escuro.
Peguei lições pelas metades.
O resto me ensinou o mundo.
Cresci sem perceber a vida.
Por matos e palmas floridas.
Comi canjica no São João.
Errei trilhas nas montanhas.
Rezei os terços na matriz.
Plantei mas não criei raiz.
Entrei Foi no túnel do tempo,
No estalar de dedos passou.
Vidinha que me fez tão bem
E hoje não há mais ninguém.