I
Vento soprano
Tu, célere voz
em tom profano
Rompe em meu peito lirismo
Áspero, irrisório
mastro cindido.
Queimo até
ser pó.
Repouso, estupendo,
No sinuoso riso
nascido só.
Amiúde, sigo
Adiante, num estar
tangido
Por tus, vário
balaústre, astuto
Gozar delirante.
Neste enquanto:
Rio, pulsante.
Nunca o mar.