Poema sem nome
Seu nome é tesão
Vento que atravessa a noite
Em brasa, raio e trovão
Eu vi seu nome escorrer pelos dedos
Poderia ter te feito rir à beça
Não fosse a pressa e a fome de te tocar a pele
Poderia ter te feito a mais feliz das mulheres
Não fosse essas coisas inexplicáveis da vida
Sei que te fiz o samba perfeito
O rock, minha criação mais ousada
Devassa minha imaginação a cor dos teus cabelos
Caídos molhados sobre teu dorso nu
Poderia ter te feito gozar em transe absurdo
Não fosse talvez o vacilo abusado de tirar as mascaras
Faltou pouco e o pouco que faltou foi o muito que feriu
Talvez ristes, arrepiastes, gozastes, gostastes e nem viu