O Quociente
O quociente perguntou à secante:
Posso ser seu amante?
Ele de pronto respondeu:
-Nunca! Já tenho um amor.
-É o terno denominador...
Logo então se sentiu um resto.
Não era mais um número inteiro...
Passou então por perto a tangente
Que caminhava para o infinito
Para se encontrar sabe lá com quem.
Perguntou aflito:
-Onde posso encontrar as paralelas?
-Ela então respondeu:
-Talvez num K.
Surgiu então, do menos infinito, a esfera.
Bela e radiosa, logo esqueceu a secante.
Calculou seu manequim,
Mas se achou muito pequeno para tanto volume...
O quociente ficou triste,
Transformou-se em um número complexo
E numa relação unívoca,
Partiu para o esquecimento
Tornando-se um ângulo obtuso.