SEM LEI, EU LEIO
Estico o alvo papel para caírem às palavras em tons marcantes,
Faço um verso ao acaso,
Caso as letras solitárias
E descaso as que querem viver soltas,
Sem lei, eu leio.
Um tanto de letras juntas proferem “palavrões”
E as letras separadas proferem silêncio.
E as palavras aprisionadas entre vírgulas,
Sem lei, eu leio.
Mas a trema teima em aparecer
Num contexto de um texto,
Na pala das palavras
Sem lei, eu leio.
Uma metáfora
Fora a meta de criar perfeição,
A perfeita ação é a essência do erro.
Sem lei, eu leio.
Tropeço nas letras.
Dou rasteira nas palavras,
Bato boca com as frases.
Sem lei, eu leio.