SEM LEI, EU LEIO

Estico o alvo papel para caírem às palavras em tons marcantes,

Faço um verso ao acaso,

Caso as letras solitárias

E descaso as que querem viver soltas,

Sem lei, eu leio.

Um tanto de letras juntas proferem “palavrões”

E as letras separadas proferem silêncio.

E as palavras aprisionadas entre vírgulas,

Sem lei, eu leio.

Mas a trema teima em aparecer

Num contexto de um texto,

Na pala das palavras

Sem lei, eu leio.

Uma metáfora

Fora a meta de criar perfeição,

A perfeita ação é a essência do erro.

Sem lei, eu leio.

Tropeço nas letras.

Dou rasteira nas palavras,

Bato boca com as frases.

Sem lei, eu leio.

Rommyr Fonttoura
Enviado por Rommyr Fonttoura em 10/11/2007
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