INSÂNIA

Mentira agora condecora amantes --

"Vencemos!" diz e chora

Na bucólica paz de seu retiro.

Se o dia é lucidez

Que ainda agoniza, cora

E a insânia desse agora é o seu vampiro.

Ferimos nosso instinto

Aos pés da sedutora irremediável,

O coro desvalido

À margem dum milagre obsceno,

A prece do maldito,

Entre múrmuro e grito

Que a dor sequer supõe, sequer conhece.

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Israel Rozário
Enviado por Israel Rozário em 06/08/2021
Código do texto: T7315300
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