INSÂNIA
Mentira agora condecora amantes --
"Vencemos!" diz e chora
Na bucólica paz de seu retiro.
Se o dia é lucidez
Que ainda agoniza, cora
E a insânia desse agora é o seu vampiro.
Ferimos nosso instinto
Aos pés da sedutora irremediável,
O coro desvalido
À margem dum milagre obsceno,
A prece do maldito,
Entre múrmuro e grito
Que a dor sequer supõe, sequer conhece.
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