O Conflito Perene
Sobre o conflito perene não desejo divagar
“Ser ou não ser” polarizar não quero eu
A questão que quero enfocar
Não é o “eu ser”, mas o “ser eu”.
Não o “ser eu” ego centralizado
Onde o amar a si mesmo é paixão de alma
Cego consciente até o limite obstinado
Fonte a jorrar profundos traumas
Não o “ser eu” débil e indulgente
Do “eu” rebelde compassivo comparsa
Pronto a isentar-se, por tudo benevolente
Apontando falhas de outrem se disfarça
Não o “ser eu” que ninguém conhece, toca ou vê
Que não exponho, não apresento, isolo
Tê-lo em mim é o meu padecer
Mascarar-me é sua luta para ocultá-lo
O “ser eu” que enfoco é centralizado
Naquele que é à semelhança do Criador
Para gerenciar a terra poder lhe foi dado
Abençoado e de si mesmo multiplicador
O “ser eu” do céu, terra e mar conquistador
A alma vivente coroa da criação
Das criaturas senhor e dominador
Que ao formá-lo Deus alegrou o coração
Mas eu completo não seria entretanto
Se o “ser eu” não habitasse no “eu ser”
O que enriquece esta verdade portanto
É o “eu ser” e o “ser eu” humano ser