CANÇÃO DO ENCONTRO

Dois corações que seguem o mesmo ritmo.

Corpos em busca de um elo perdido,

quando a linguagem abstrata do amor

era entendida em sua amplidão.

Cada palavra se fazia vã.

Nascia o sentimento único

na medida do coração para devido coração

Em tudo renascia uma parte daquele amor,

e cada parte, cada objeto singular,

caminhava na mesma direção.

Presente no olhar de um corpo para outro,

a doação sem limites

ou diplomacia sem negociação.

esconde o diálogo a intenção e o fingimento.

Amor é conúbio

e texto sem letras;

é som e melodia sem canção.

Disponível no corpo, no peito, na mente

é fim sem meios.

Hoje é um verbo conjugado

no presente

entre o sujeito e o objeto.

(In. Viver por amor morrer)