METAMORFOSE- TRILOGIA
l
A roliça lagarta,
borboleta sem asas,
não tem tempo para sonhar.
Cumpre agora esse momento
de só buscar alimento.
Move-se rápida.
Galga galhos.
Devora folhas
vorazmente.
Com sorte,
um dia será crisálida.
Então, alheia a quase tudo,
viverá a sua fase
de descanso e de sonho.
l l
A lagarta,
agora crisálida,
sonha,
na sua prisão de seda, seu tempo de borboleta.
Sonha o néctar das flores.
Sonha os voos.
Sonha a liberdade do ar.
Sonha também o medo da libélula.
Sonha o que será.
Sonha o que já foi.
lll
Depois de profundo repouso,
a crisálida,
agora borboleta,
emerge,
expande as suas asas coloridas.
Voa,
graciosa,
ao sol dourado
de uma manhã.
Em efêmero estágio
de leveza,
de beleza,
de liberdade
voa,
buscando o néctar das flores,
esquivando-se de predadores.
E para a perenidade
de um tão enigmático existir,
a borboleta procura um par.
Tão igual,
como uma imagem sua em espelho.
Lagarta, crisálida, borboleta
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A roliça lagarta,
borboleta sem asas,
não tem tempo para sonhar.
Cumpre agora esse momento
de só buscar alimento.
Move-se rápida.
Galga galhos.
Devora folhas
vorazmente.
Com sorte,
um dia será crisálida.
Então, alheia a quase tudo,
viverá a sua fase
de descanso e de sonho.
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A lagarta,
agora crisálida,
sonha,
na sua prisão de seda, seu tempo de borboleta.
Sonha o néctar das flores.
Sonha os voos.
Sonha a liberdade do ar.
Sonha também o medo da libélula.
Sonha o que será.
Sonha o que já foi.
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Depois de profundo repouso,
a crisálida,
agora borboleta,
emerge,
expande as suas asas coloridas.
Voa,
graciosa,
ao sol dourado
de uma manhã.
Em efêmero estágio
de leveza,
de beleza,
de liberdade
voa,
buscando o néctar das flores,
esquivando-se de predadores.
E para a perenidade
de um tão enigmático existir,
a borboleta procura um par.
Tão igual,
como uma imagem sua em espelho.
Lagarta, crisálida, borboleta