Morada
Talvez eu te deseje como um casarão arcaico...
Ali vazio mas com histórias por todos os cômodos que um dia a gente ocupou.
Esse querer tão forte como os tijolos antigos que foram recobertos por muitas demãos das tintas que não se vendem mais.
Essa nossa pele que percorre quarto, sala e se abala na despensa cheia de prateleiras onde guardo, por assunto, o mais íntimo de nós.
Talvez eu seja um tipo de casarão vazio
Enigmático e passando um ar sombrio.
Fachada residencial da alma.