Pausa
Hoje eu queria escrever vagarosamente,
Começaria te dando as asas de uma águia,
Escreveria sobre imaginação e mente...
Sobre coisas que não são vividas,
E te faria voar numa tempestade,
Mostrando-te a sobriedade,
Que reside além-céu... Acima de tudo...
E te faria escutar...
O sol... Contínuo e absoluto...
Pronunciando o silêncio e a paz...
Que a brisa com o vento traz...
Nas disparidades das prosas,
Eu te arrancaria as asas e te faria rolar sobre as dunas,
Antecedidas por lampejos de brumas,
Eu te acordaria a noite... Fazendo-te ver uma estrela riscar...
Aquele firmamento que era seu... E você sorria ao observar...
E o tempo passaria...
Nessa pausa...
E quem saiba...
A poesia pudesse fazer...
O mais belo tecido dos sonhos...
Sem tempo...
Sem pausa...