O ACENDEDOR DE LAMPIÕES

O #ACENDEDOR DE #LAMPIÕES

No silêncio do ontem...

Entre ventos a soprar...

Saudoso de tempo que não volta mais...

O acendedor de lampiões vem lá...

Em namoro com a lua...

Em vielas e ruas...

Nos becos mais escuros...

Junto as tabernas ou cafés...

Casarões antigos...

Cabarés...

Em cantos silenciosos...

Entre alguém e ninguém...

Um a um acende...

Tão cedo no céu a fornalha se aurora...

Retorna lentamente...

Vagando entre as sombras...

Que espreitam insatisfeitas...

O adormecer das estrelas...

No baile das horas...

Não sabe ele...

Nada pode testemunhar...

Da vida pulsante oculta...

De madrugadas de luar...

Muitas vezes o tormento...

Incendeia a paixão do tempo...

Quando a alma precisa de um momento...

Em caminho tantas vezes percorrido...

O acendedor sente saudades de abrir a janela do coração...

Bendita, malvada vida...

Em acender e apagar o lampião...

Suas imensas lembranças...

Silenciosamente dentro dele começam a ecoar...

Algumas oprimem seus sonhos...

Outras o fazem sonhar...

Na rotina dos dias, meses e anos...

Deseja prender o tempo...

E do que lhe resta tão pouco...

Sem perceber muito dá...

Em seu passeio noturno...

Ele faz tudo brilhar...

Sandro Paschoal Nogueira

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Sandro Paschoal
Enviado por Sandro Paschoal em 03/08/2021
Código do texto: T7313330
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