De(lírios)
Alva tépalas em tuas mãos,
Pólen, grão em grãos,
Do pensar em lírios,
De paixões aos delírios,
Onde há foco de silêncio,
Onde o si lê cio,
Na existência de fragrâncias,
Magmas que despertam a ânsia,
Anseiam os lábios, as peles,
Não há quem os impeles,
Seus dedos marcham firmes,
Suas mãos desnudam ciúmes,
Nas bordas daqueles traços finos,,
Onde dormem vontades,
Acordam desejos ao desatinos,
Acendem as erupções cutâneas
Centelhas instantâneas,
Onde hão de desabrochar as flores,
Ao cariciar da brisa no corpo,
Delira o segundo do tempo,
Onde os dedos sentenciam caminhos,
Dê lira aos sonhos,
Onde a boca tende se afogar,
Profundo e encantado como a(mar),
Onde a língua embrenhas,
Fonte do mistério entre as entranhas,
A chave da criação do universo,
Onde a poesia uni verso,
Entre os poros que exalam magia,
Ao cultuar de línguas,
Na mesma cultura,
Ousar o prazer,
Para exaurir as mágoas,
Ao abrigo do terno coração de mulher,
Onde os lírios florescem sem pressa,
Com ternura e afagos do amanhecer,
Onde a alma e corpo, possam rejuvenescer,
Para nunca envelhecer,
Ao orvalho de cada orgasmar (...)
(M&M)