Para que...
Ao luar joguei tépalas,
Palavras levadas pela monção,
Sentidas pela força do coração,
Algumas minhas e outras tuas,
As tuas, adentraram-me a alma,
As minhas, afagavam-te com emoção,
Soltas aglomerando-se em teu corpo,
Para que nunca te percas,
E se tiveres que te perderes,
Que te percas em meus braços,
E que em nós não hajam espaços em brancos,
Nem quando a saudade ousar atormentar,
Nem quando o cais, fartar-se do nosso barco,
Serei eu o teu porto seguro,
Mesmo quando enfurecer o a(mar),
Serei o sossego do teu naufragar,
A brisa para acalentar as tuas espumas,
Serei a areia para o teu sal despir-se em mim,
Na conotação de ser o teu principio sem mim,
E sempre atar-te-ei em nós de nós,
Embora redundante, serei teu em todos os instantes,
De momentos perto, ao mais distantes,
Serei sempre a última palavra, para calar as tuas emoções...
(M&M)