Para que...

Ao luar joguei tépalas,

Palavras levadas pela monção,

Sentidas pela força do coração,

Algumas minhas e outras tuas,

As tuas, adentraram-me a alma,

As minhas, afagavam-te com emoção,

Soltas aglomerando-se em teu corpo,

Para que nunca te percas,

E se tiveres que te perderes,

Que te percas em meus braços,

E que em nós não hajam espaços em brancos,

Nem quando a saudade ousar atormentar,

Nem quando o cais, fartar-se do nosso barco,

Serei eu o teu porto seguro,

Mesmo quando enfurecer o a(mar),

Serei o sossego do teu naufragar,

A brisa para acalentar as tuas espumas,

Serei a areia para o teu sal despir-se em mim,

Na conotação de ser o teu principio sem mim,

E sempre atar-te-ei em nós de nós,

Embora redundante, serei teu em todos os instantes,

De momentos perto, ao mais distantes,

Serei sempre a última palavra, para calar as tuas emoções...

(M&M)

Daniel Miguelavez ou Merlin Magiko
Enviado por Daniel Miguelavez ou Merlin Magiko em 31/07/2021
Código do texto: T7311411
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