SILHUETA

Abrir o coração,

falar de ti,

cobre-me a alma

de lembranças queridas,

que repasso

feito um rosário.

Você chegou,

marcou meu mundo,

e se foi,

qual revoada de pássaros.

A canção, ainda ouço,

feito soluços guardados,

ou a sonoridade

de uma solidão,

a lembrar

as manhãs do nosso tempo.

Um silêncio,

um olhar

bastaram

para que se fizesse noite.

Um tornado

levou-te para longe.

A inclemência do frio

congelou a alma,

fragmentou a vida.

Genaura Tormin
Enviado por Genaura Tormin em 18/11/2005
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