NOITE

Maria de Fatima Delfina de Moraes

E chega lentamente o por do sol.
Pássaros em bandos gorjeiam, recolhendo-se aos ninhos
e emprestam à tarde a sua alegria de verão.
 
Pequeninos feixes luminosos de sol
ainda teimam em resistir ao manto da noite.
A noite paciente vem envolvê-los lentamente.
 
Flores recolhem suas pétalas em imagens lentas.
É o prenúncio da noite, tão linda assim, sem tormenta.
E as flores, aos poucos, mergulham em sono profundo.
Repousam, para despertarem majestosas em outro alvorecer.
 
E ainda ofuscado pela luz do sol,
despontam os primeiros raios de luar.
Hoje, a lua é cheia...
Tão linda quando se despe das nuvens e se mostra nua.
 
No solo,  os rios hipnotizados, sussurram baixinho.
No céu surgem as primeiras estrelas...
Gotas mágicas flutuantes,
esparramam pelo céu lanterninhas cintilantes.

A cidade adormece em majestoso silêncio...
Paira no ar, doce sensação de paz infinita.

 
Maria de Fatima Delfina de Moraes
Enviado por Maria de Fatima Delfina de Moraes em 31/07/2021
Código do texto: T7311310
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