POEMINHAS PARA LER SEM PRETENSÕES.

Peguei do nada,

a miniatura de uma

coisa,

não pude dar nome,

ela ainda não

foi criada,

depois de criada

ela voa e ganha

preço,

este ponto não

me toca,

prezo o vazio,

e nele me completo.

Plantei uma árvore,

e atrás dela fiz um rio,

molhei meu pé,

colhe a sombra,

veio o tempo e levou

minha infância,

o rio secou,

a árvore é apenas

saudade...

Luizinho

era meu amigo,

ele cresceu,

prestou para cachaça,

eu estou tentando

prestar para poesia.

Ela passou,

se foi,

era uma flor

desabrochando,

ela me habita,

hiberna em mim,

o tempo passa

cera,

a saudade passa

a faca,

tudo registrado

nas intermitências

da alma.

Pus uma ave

nos meus olhos,

este é meu verso,

nele aconteço,

aprendi a usar

a solidão para

enganar a dor.

Agora, agora

mesmo,

te coloco numa

flor,

para ser beijada,

a flor

deve ser bela,

a boca deve

ser a minha.

Como e bebo

está tarde,

tenho fome

de metáforas,

você é hipérbole

na minha

imaginação.

Divino Ângelo Rola
Enviado por Divino Ângelo Rola em 30/07/2021
Reeditado em 30/07/2021
Código do texto: T7310680
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2021. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.