FRIO E CONTRATEMPO

(Sócrates Di Lima)

Há um frio la fora,

que congela aqui dentro,

Por hora não vai embora,

atinge o corpo bem no centro.

Todo cuidado é pouco,

Pois ele é um vilão,

Chega e bate feito soco,

Até congela o coração.

Mas, a mim não faz diferença,

Meu coração já esta congelado,

Não é de frio é pela insistência

De não sentir o calor de ser amado.

E pela longa sobreviência,

Na verdade já nem importa,

Pretensões chegam na imprudência,

Mas, vão embora por negligência.

E assim, o contratempo se vive,

Na chegada desse frio sem pé nem cabeça,

Mas, o que ja era frio sobrevive,

Mesmo que a tempestade não permaneça.

E assim são os dias

Sem as dores amargas da solidão,

Sou livre, como livre são minhas poesias,

Sem regras, simetrias, mas com retidão!

Do meu ultimo amor fiz escolha,

Viver em paz com o meu EU solitário,

Pois o amor me parece uma bolha,

Que esvazia e enche feito bexiga de aniversário.

Ja não me importo mais...

Com os amores que vem e vão,

Pois ja me acostumei só, e jamais,

Perco-me ou entrego-me a solidão!

Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 30/07/2021
Reeditado em 30/07/2021
Código do texto: T7310384
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