O CHARLATÃO
Cheio de ódio, o teu riso morde
Indiferente ao outro, zombas da dor
Emana fúria, teu olhar enganador
Vem do desprezo teu enxergar disforme
Teus profetas são falsos e hipócritas
Te guiam ao abismo do absurdo
Teu Machado e afiado e surdo
Teu coração é frio e ególatra
Sombras e gemidos habitam o palacete
Tem mofo e fungos, os teus pilares
Teus armários estão cheios de cadáveres
Há muito lixo debaixo do teu tapete
Fétida lama beira o teu portal
Tem sangue e lágrima o teu cálice
Tuas verdades vãs, tristes disfarces
Ervas daninhas enfeitam o teu quintal.