Confissão
Confesso que não sou
Metade do que deveria ser
Há tanto chão ainda a percorrer
Mas, às vezes, sinto medo
Dos desafios de caminhar
E fico parado a esperar
Ao invés de fazer acontecer.
Confesso: tenho sonhos
Que desejo tanto realizar
Lugares onde nunca estive
Pessoas que eu nunca fui
Coisas que jamais conquistei
Mas enquanto há vida em mim
Sei que posso lutar.
Confesso que não é tão fácil
Entre tristezas e decepções
De repente, tudo parece impossível
E quem deveria ajudar
Estende as mãos para atrapalhar
Isso tanto me desanima
Mas são minhas as decisões.
Confesso os meus erros
Minhas limitações pessoais
Mas a cada dia mato um leão
Num mundo de valores invertidos
E ideologias diabólicas
Que se esforçam ao máximo
Mas não me tiram a paz.
Confesso que não vou parar
Pois em Deus tenho confiança
E nada me separa do seu amor
E se mantenho os olhos fixos
Na glória que está por vir
Tudo em minha volta pode ruir
Mas firme está minha esperança.
Confesso que sou assim:
Ortodoxo e conservador
Acredito numa verdade absoluta
Vivo sob valores eternos
Que me guiam neste caminho
E me ensinam que, acima de tudo
Deve permanecer o amor.
Este poema faz parte do meu novo livro ESCREVI COM A VIDA. Todos os direitos reservados. Lei 9.610/98.