Confissão

Confesso que não sou

Metade do que deveria ser

Há tanto chão ainda a percorrer

Mas, às vezes, sinto medo

Dos desafios de caminhar

E fico parado a esperar

Ao invés de fazer acontecer.

Confesso: tenho sonhos

Que desejo tanto realizar

Lugares onde nunca estive

Pessoas que eu nunca fui

Coisas que jamais conquistei

Mas enquanto há vida em mim

Sei que posso lutar.

Confesso que não é tão fácil

Entre tristezas e decepções

De repente, tudo parece impossível

E quem deveria ajudar

Estende as mãos para atrapalhar

Isso tanto me desanima

Mas são minhas as decisões.

Confesso os meus erros

Minhas limitações pessoais

Mas a cada dia mato um leão

Num mundo de valores invertidos

E ideologias diabólicas

Que se esforçam ao máximo

Mas não me tiram a paz.

Confesso que não vou parar

Pois em Deus tenho confiança

E nada me separa do seu amor

E se mantenho os olhos fixos

Na glória que está por vir

Tudo em minha volta pode ruir

Mas firme está minha esperança.

Confesso que sou assim:

Ortodoxo e conservador

Acredito numa verdade absoluta

Vivo sob valores eternos

Que me guiam neste caminho

E me ensinam que, acima de tudo

Deve permanecer o amor.

Este poema faz parte do meu novo livro ESCREVI COM A VIDA. Todos os direitos reservados. Lei 9.610/98.

Mizael Xavier
Enviado por Mizael Xavier em 28/07/2021
Código do texto: T7309247
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