O Filme de Hoje

O Filme de Hoje

Hoje sou um punhado de quase nada,

Sou uma incógnita mal calculada,

Sou a fórmula que não acerta,

E a solução é uma questão secreta;

Fecho a mão e sinto a amargura,

Quando a abro, não encontro formosura,

Sou o pesar da consciência sobre o vazio,

E a solidão faz meu mundo preso por um fio.

Hoje sou o arrasar do pouco que ficou de pé,

E sem história, olho a vida levada pela maré,

Olho os dias de glória que ficaram para trás,

E o presente que todos os dias se desfaz.

A vida tem destes contrastes,

E a minha, é um filme de desastres,

O pouco da fita que se aproveita,

Dilui-se na almofada, quando minha mente se deita.

Nenúfar 28/10/2007

Nenúfar
Enviado por Nenúfar em 09/11/2007
Código do texto: T730695
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