O Poeta
Derrama suas lágrimas
E, verta-as sobre o papel
Empunha sua caneta
Que em letras, em palavras
Mesmo borradas e salgadas
Aos poucos, quase alquimia,
A dor vira mel
Lembra que você é um poeta
Um tradutor de anseios
Pesares e devaneios
Alegrias e paixões
De uma linguagem simples
Franca e direta
Falares do coração.
Com o intelecto refinado
Garimpa as palavras gentis
Ainda que sejam cortantes
Tal eficaz diamante
Que decepa um vidro viril
Mas nunca ofusca, em realidade,
O brilho de sua verdade.
Faça seus versos com calma
Contempla a sua alma
Sonda o seu reverso
Viaja no universo
Há profundezas em ti !!
De, Raquel Pucello, em 20/10/2020 – Dia do Poeta