MOVIMENTO ABERRANTE
Vi a chave engolindo a porta,
reinventando o espaço
na extensa intenção de uma linha reta.
Todos os lugares são iguais.
Nenhum canto de mundo
é melhor que o outro.
Cada chão esconde, afinal,
um segredo de abismo.
Pouco importa onde estou
ou para onde vou.
Neste exato momento milhares de ausência
sustentam a singularidade da minha presença
aqui e agora.
Mas a verdade é que não estou realmente em lugar algum.