Versos ébrios a Estela
Lá vem ela
A mulher de nome Estela
Bamboleante, vestida de branco
Em um vestido de noiva, radiante
Caindo de um lado a outro
Iludindo-me a todo instante
Surge de um gelado inferno
Nas mãos de um homem de terno
Desfila por todo o bar
E atrai todos os olhares para ela
Por fim, senta-se à minha mesa
A mulher de curvas geladas
Despindo-se de calor, toda suada
Deixando à mostra a pele de esmeralda
Estela, estrela de vidro que me embriaga
E que em todo e qualquer fim de semana
Congela com um beijo a minha garganta
E todos os meus maus pensamentos apaga.